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Mensageiro - Nº50

A verdadeira propriedade

Os bens da Terra pertencem a Deus, Que os dispensa de acordo com sua vontade.

O homem é apenas o seu usufrutuário, o administrador mais ou menos íntegro e inteligente. Pertencem tão pouco ao homem, com propriedade individual, que Deus frequentemente frusta todas as suas previsões, fazendo a fortuna escapar daqueles mesmos que julgam possuí-la com os melhores títulos.

Direis talvez que isso se compreende em relação à fortuna hereditária, mas não àquela que o homem adquiriu pelo seu trabalho.

Não há dúvida que, se há uma fortuna legítima, é a que foi adquirida honestamente, porque uma propriedade só é legitimamente adquirida quando, para conquistá-la, não se prejudicou ninguém.

Deus pedirá contas de um centavo mal adquirido, em prejuízo de alguém. Mas por que um homem conquistou por si mesmo a sua fortuna, terá alguma vantagem ao morrer?

São inúteis os cuidados que o homem toma para transmitir a sua fortuna aos descendentes.

Pois se Deus não quiser que estes a recebam, nada prevalecerá sobre sua vontade.

Evangelho S. E. XVI

Por Adelina

Prescrições de paz

“Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã terá os seus cuidados…” – Jesus. ( Mateus, 6: 34.)

Na garantia do próprio equilíbrio, alinhemos algumas indicações de Paz, destinados a imunizar-nos contra a influência de aflições e tensões, nas quais, tanta vez, imprevidentemente arruinamos tempo e vida:

Corrigir em nós as deficiências suscetíveis de conserto, e aceitarmos as faltas cuja supressão não depende ainda de nós, fazendo da nossa presença o melhor que pudermos, no erguimento da felicidade e do progresso de todos.

Tolerar os obstáculos com que somos atingidos, ante os impositivos do aperfeiçoamento moral, e entender que os outros carregam igualmente os deles; observar ofensas como retratos dos ofensores, sem traçar-nos a obrigação de recolher semelhantes manchas de sombra.

Abolir inquietações em volta das calamidades anunciadas para o futuro, que provavelmente nunca virão a acontecer.

Admitir os pensamentos de culpa que tenhamos adquirido, mas tirar-lhes os focos de vibrações em desequilíbrio, através do reajustamento e trabalho.

Nem desprezar os entes queridos, nem prejudicá-los com a chamada superproteção tendente a escravizá-los ao nosso modo de ser.

Não exigir do próximo aquilo que o próximo ainda não pode fazer.

Nada pedir sem dar de nós mesmos.

Respeitar os pontos de vista alheios, ainda quando sejam contra nós, convencendo-nos que os pontos de vista são maneiras, crenças, opiniões e afirmações peculiares a cada um.

Não ignorar as crises do Mundo.

Entretanto reconhecer que, se mudarmos o nosso próprio mundo por dentro – mudando-lhe a tranquilidade e a segurança em alicerces de compreensão e atividade, discrição e serviço – perceberemos de pronto, que as crises externas são fenómenos necessários ao burilamento da vida, (moldagem interior) para que a vida não se disperse da rota que as Leis do Universo lhe assinalam no rumo da perfeição.

Livro, Ceifa de Luz- Esp. Emmanuel/ Chico Xavier

Por Clotilde

Natal

É Natal,

A Terra em festa,

Abre uma fresta,

E o perfume do Amor

Invade o espaço infinito.

É Natal,

Há sorrisos de criança,

E a luz da Esperança

Brilha em todos os rostos

Como um convite ao Amor.

É Natal,

As mãos dos homens se estendem

Em gestos que em si pretendem

Gerar Paz, fraternidade,

Dando à vida calor.

É Natal, Jesus nasceu, Louvado seja o Senhor!

Natal todos os dias

Passaram os segundos, os minutos, passaram os dias e aí está mais um ano. Um ano em que alguns Portugueses sofreram muito, outros, os mais intelectuais, abandonaram o seu País e nunca mais voltam.

São os sinais dos tempos!

Nós que somos principiantes espiritas pelo menos já sabemos que todo o efeito tem uma causa, porque Deus não faz nada em vão.

Nós que conhecemos o Evangelho S. E. e conhecendo perfeitamente a parábola dos talentos capítulo XVI item 6–(Mateus, XXV: 14:30) percebemos que nem sempre somos bons servos.

A parábola dos talentos termina assim:

Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que, não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.

É o que está acontecendo!

A desigualdade das riquezas é um dos problemas que em vão se procuram resolver, quando se considera apenas a vida atual.

Como vivemos muitas vidas o que hoje é rico, amanhã será pobre, se não usar o seu dinheiro na caridade na solidariedade e na fraternidade.

Todo aquele que não usar a sua riqueza em favor dos que sofrem terão de pagar até ao último centavo e assim como fizermos assim acharemos, tudo disse Jesus.

Quando Jesus disse ao jovem que o interrogava como atingiria a vida eterna: «Desfaz-te de todos os bens, e segue-me», não pretendia dizer que nos desfizéssemos de tudo o que possuímos e vivêssemos à custa dos outros, o que Ele nos queria mostrar é que o apego aos bens terrenos é um obstáculo à salvação.

Se a riqueza é a fonte de muitos males, se excita tantas más paixões, se provoca tantos crimes, tanta corrupção, tanta injustiça, não é a ela que devemos culpar, mas ao homem que dela abusa, como abusa de todos os dons de Deus.

Se a riqueza só tivesse de produzir o mal, Deus não a teria posto na Terra.

Cabe ao homem transformá-la em fonte de bem, foi para isso que Deus a concedeu. A fonte do mal está no egoísmo e no orgulho que são a maior chaga da humanidade. Mas então qual é o melhor emprego da fortuna? Procuremos resposta nas palavras do Mestre: «Amai-vos uns aos outros», «fazei aos outros o que desejais para vós».

A beneficência, a caridade, a fraternidade, são asas que nos elevam. Só é realmente feliz quem consegue fazer alguém feliz! Neste Natal em que se comemora mais uma vez o nascimento da Nosso Mestre Jesus, que consigamos ser solidários com aqueles irmãos que tem menos que nós, para tentarmos seguir as pegadas do Cristo.

A direção da A.F.M.B. deseja a todos os sócios e colaboradores um Santo Natal, assim como para vossos familiares.

Que Deus e Jesus abençoem este nosso pobre País, para que a Paz e a Fraternidade reine entre todos nós ricos e pobres.

Pela direção

Por Adelina

Prece da manjedoura

Senhor diante da manjedoura em que nos descerras o coração.

Ensina-nos a abrir os braços para receber-te.

Não nos relegues ao labirinto de nossas ilusões nem nos abandones ao luxo dos nossos ploblemas, vimos ao teu encontro, cansados das nossas próprias faltas.

Sol da vida, não nos confies às trevas da morte. Fortalece-nos o ânimo.

Reaviva-nos a fé. Induze-nos à confiança e à boa vontade.

Tu que renunciaste ao Céu, em favor da Terra.

Ajuda-nos a descer, com o supremo bem, para sermos mais úteis!...

Tu que deixas-te a companhia dos Anjos Sábios e Generosos, por Amor aos homens ignorantes e infelizes.

Auxilia-nos a estender com os irmãos mais necessitados que nós mesmos o tesouro da luz que nos trazes!..

Defende-nos contra os vermes da vaidade.

Ampara-nos contra as garras do orgulho.

Conduze-nos ao caminho do trabalho e da humildade.

E, reconhecidos à frente do teu Berço de Luminosa Esperança, Senhor nós te rogamos, para que sejamos contigo fiéis a Deus. Hoje e sempre.

Assim seja.

Livro, Antologia Med.do Natal

Emmanuel/ Chico Xavier

Por Clotilde

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