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Mensageiro Nº 105

A VERDADEIRA PROPRIEDADE

Verdadeiramente, o homem só possui como sua propriedade o que pode levar deste mundo. O que encontra ao chegar e o que deixa ao partir, ele desfruta durante sua permanência na Terra, mas, visto que é forçado a abandonar tudo isso, ele tem apenas o seu usufruto e não a posse rel. Então, o que é que ele possui? Nada para que é para o uso do corpo, e tudo o que é para o uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Eis o que ele traz e que leva consigo; o que ninguém tem o poder de lhe tirar, e o que lhe servirá mais ainda no outro mundo do que neste. Unicamente do homem depende estar mais rico ao partir daqui do que ao chegar na Terra, porque do que ele houver adquirido em bem resultará a sua posição futura. Quando um homem vai para um país distante, ele arruma a sua bagagem com objectos que tenham uso naquele país, e não com aqueles que lá lhe seriam inúteis. Procedei, pois, da mesma forma em relação à vida futura; fazei provisões de tudo o que nela poderá vos servir.

Ao viajante que chega a um albergue, se ele poder pagar, é dado um bom alojamento; ao que tem menos recursos é dado um não tão bom quanto ao primeiro, e àquele que nada tem, é deixado ao relento. Assim acontece ao homem na sua chegada ao mundo dos espíritos: o seu lugar depende das suas posses, mas não é com ouro que ele pode pagá-lo. Ninguém lhe perguntará: “Quanto tinhas na Terra? Que posição ocupavas? Eras príncipe ou operário? No entanto, lhe será perguntado: “O que trazes?” Não se calculará o valor dos seus bens, nem dos seus títulos, mas a soma das suas virtudes, e, de acordo com esses cálculos, o operário pode ser mais rico de que o príncipe. Inutilmente o homem alegará que, antes de deixar a Terra, pagou em ouro a sua entrada, pois ouvirá como resposta que ali os lugares não são comprados, mas ganhos com o bem que se fez; que, com a moeda terrestre, ele poderia comprar terras, casas e palácios, mas ali tudo se paga com as qualidades do coração. És rico dessas qualidades? Sê bem-vindo, e vai para o primeiro lugar onde todas as felicidades te esperam. És pobre? Vai para último, onde serás tratado de acordo com as tuas posses.

(Pascal. Genebra, 1860)

Evangelho Segundo Espiritismo – Allan Kardec

Por: Adelina

ESTUDANDO O DINHEIRO

Não é a autoridade que solapa a elevação da alma. É o abuso do poder.Não é a inteligência que destila o veneno intelectual. É a maldade com que a mobilizamos.Não é a beleza da forma que gera o fel do desencanto. É a vaidade com que malbaratamos no desequilíbrio.Assim também não é o dinheiro que nos condena aos processos da angústia. É a nossa maneira de empregá-lo, quando nos esquecemos de facilitar a corrente do progresso, através da acção diligente na fraternidade e do devotamento ao bem, com que nos cabe colaborar no engrandecimento do trabalho e da vida.

O ouro com Jesus é balsamo na úlcera do enfermo, é gota de leite á criança desvalida, é remédio ao doente, é agasalho aos que tremem de frio, é socorro no lar sitiado pelo infortúnio, é assistência aos braços que suplicam actividade digna, é amparo aos animais e protecção à natureza.

O cofre-forte nas garras da sovinice é metal enferrujado, suscitando a penúria, mas um vintém no serviço de Jesus pode converter-se em promissora sementeira de paz e felicidade.

Não amaldiçoes o dinheiro, instrumento passivo em tuas mãos.

Faze-lo servir contigo, sob a inspiração do Cristo, e todas as possibilidades financeiras serão valiosos talentos em teu caminho, cooperando com teu esforço, na edificação do reino de Deus.

Pelo espírito Emanuel – Chico Xavier

Por: Rosa Maria

PROVAS DA RIQUEZA E DA MISÉRIA

814. Por que Deus concedeu a uns as riquezas e o poder e a outros a miséria?

“Para os experimentar de maneiras diferentes. Além disso, como sabeis, essas provas foram os próprios Espíritos que as escolheram e, frequentemente, a elas sucumbem.”

815. Qual das duas provas é mais terrível para o homem, a da miséria ou a da fortuna?

“Tanto uma quanto a outra. A miséria provoca as queixas contra a Providência, a riqueza incita a todos os excessos.”

816. Se o rico está mais sujeito a tentações, não possui também mais meios para fazer o bem?

“É justamente o que nem sempre faz; torna-se egoísta, orgulhoso e insaciável; as suas necessidades aumentam com a fortuna e crê nunca possuir o bastante para si próprio.”

A posição elevada neste mundo e a autoridade sobre os seus semelhantes são provas tão grandes e tão escorregadias quanto a miséria; pois, quanto mais rico e poderoso, tanto mais obrigações tem a cumprir e tanto maiores os meios de fazer o bem e o mal. Deus experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo uso que faz dos seus bens e do seu poder.

A riqueza e o poder fazem nascer todas as paixões que nos prendem à matéria e nos afastam da perfeição espiritual; foi por isso que Jesus disse: “ Em verdade, vos digo que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no reino dos céus.”(ver item 266)

266. Não parece natural escolher as provas menos penosas?

“Para vós sim; para o Espírito, não; quando deligado da matéria, a ilusão cessa e ele pensa de uma outra maneira.”

O homem, na Terra e sob a influência das ideias carnais, só vê o lado penoso dessas provas; é por isso que lhe parece natural escolher as que, do seu ponto de vista, podem aliar-se aos gozos materiais; mas, na vida espiritual, ele compara esses gozos fugidios e grosseiros com a felicidade inalterável que entrevê e, assim sendo, o que lhe poderiam importar alguns sofrimentos passageiros? O Espirito pode, portanto, escolher a prova mais rude e, por conseguinte, a existência mais penosa, na esperança de alcançar mais depressa um estado melhor, como um enfermo escolhe, frequentemente, o remédio mais desagradável para se curar mais rapidamente.

Livro dos Espíritos – Allan Kardec

Por: Rosa Maria

AVE MARIA

Ave Maria! Senhora Bendita sois vós, Rainha!

Do amor que ampara e redime, Estrela da Humanidade,

Ai do mundo se não fora Rosa mística da fé,

A vossa missão sublime! Lírio puro da humildade!

Cheia de graça e bondade, Entre as mulheres sois vós

É por vós que conhecemos A Mãe das mães desvalidas,

A eterna revelação Nossa porta de esperança,

Da vida em seus dons supremos. E Anjo de nossas vidas!

O senhor sempre é convosco, Bendito o fruto imortal

Mensageira da ternura, Da vossa missão de luz,

Providência dos que choram Desde a paz da Manjedoura,

Nas sombras da desventura. Às dores, além da Cruz.

Assim seja para sempre,

Oh! Divina Soberana,

Refúgio dos que padecem

Nas dores da luta humana.

Psicografia Chico Xavier – Amaral Ornelas

Por: Rosa Maria

“Abstém-te de procurar defeitos no próximo, recordando que todos nós – os espíritos ainda vinculados à evolução da Terra – temos ainda o lado escuro do próprio ser por iluminar.”


 
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